Esquizofrenia: Quais são os sintomas da doença?


Esquizofrenia: Quais são os sintomas da doença?

O que é a Esquizofrenia?

Associada a alterações cerebrais que provocam a perda da realidade, a Esquizofrenia pode se manifestar sobretudo por meio de delírios e alucinações.

Geralmente a pessoa que sofre com esse problema tem mania de perseguição, se sente ameaçada, acredita fielmente que está sendo perseguida e observada, escuta vozes, também possui os pensamentos desorganizados, comportamento inadequado, fala incoerente.

Apatia, falta de motivação, busca pelo afastamento das pessoas com as quais convive, assim como dificuldade de concentração e problemas de memória também são sintomas do quadro.

Os homens costumam apresentar o início dos sintomas entre 18 e 25 anos de idade, já as mulheres tendem a manifestar os sinais da esquizofrenia um pouco mais tarde, entre 25 e 35 anos.

Não há ainda uma causa definida para determinar o que provoca o distúrbio, mas alguns fatores podem estar relacionados à patologia, como histórico da doença na família e o uso de drogas. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, estudos já apontaram que a maconha, por exemplo, aumenta em 3,5 vezes a incidência da esquizofrenia.

Há tratamento? Sim, há. Não há cura, mas é fundamental que haja um acompanhamento especializado adequado, que pode incluir o uso contínuo de medicamentos, psicoterapia e, se necessário, internação em casos de crise, surto psicótico.

Quais são os principais subtipos de Esquizofrenia?

Embora os subtipos não existam mais como distúrbios clínicos separados, eles ainda podem ser úteis como especificadores e para o planejamento do tratamento, pois se baseiam na predominância dos sintomas apresentados por um paciente durante a sua avaliação médica. É importante ter em mente, no entanto, que a manifestação de sintomas é um processo fluido e, por isso, o tipo de Esquizofrenia de uma pessoa pode mudar durante o curso da doença.  Os cinco subtipos clássicos são:

  • paranoide;
  • catatônica; 
  • hebefrênica;
  • residual;
  • indiferenciada.

Esquizofrenia paranoide

Os principais sintomas desse tipo de Esquizofrenia são as alucinações, delírios, sensação de perseguição e pensamentos sobre conspirações. Normalmente, as alucinações e os delírios giram em torno do mesmo tema e se mantêm consistentes ao longo do tempo.

O esquizofrênico paranoide também pode apresentar fala e escrita confusas, alterações no humor, mudanças na personalidade e desinteresse com a vida social, o que pode resultar em isolamento social.

Os pacientes, no entanto, nem sempre têm dificuldades em manter as suas atividades de rotina e relacionamentos estáveis com outras pessoas. As razões para isso ainda não são claras, mas é possível que uma das causas seja o fato de que os sintomas desse tipo costumam se manifestar mais tarde, quando a pessoa já conseguiu se estabelecer pessoal e profissionalmente. 

Esquizofrenia catatônica

Embora a esquizofrenia catatônica fosse um subtipo na edição anterior do DSM, foi argumentado no passado que a catatonia deveria ser mais um especificador. Isso ocorre porque ocorre em uma variedade de condições psiquiátricas e condições médicas gerais.

Geralmente se apresenta como imobilidade, mas também pode se parecer com:

  • comportamento de imitação;
  • mutismo;
  • uma condição de estupor.

Os sintomas predominantes nesse tipo da doença são os distúrbios do movimento. Os esquizofrênicos catatônicos podem apresentar considerável redução na execução de movimentos corporais, a ponto de a movimentação voluntária cessar completamente. Em outros casos, pode acontecer o contrário, quando os movimentos aumentam drasticamente.

Os pacientes também podem apresentar resistência para mudar a sua própria aparência, fazer movimentos repetitivos, deixar de participar de atividades produtivas na sua rotina e passar horas parados na mesma posição. Outros sintomas associados à esquizofrenia catatônica são o hábito de repetir as falas de outras pessoas ou imitar seus movimentos.

Esquizofrenia hebefrênica

A Esquizofrenia hebefrênica, também chamada de desorganizada, é caracterizada por um comportamento mais infantil, com respostas emocionais inadequadas e pensamentos incoerentes. Nesse tipo, as alucinações e os delírios são menos comuns, apesar de não serem sintomas excluídos dessa classificação.

Os esquizofrênicos hebefrênicos têm dificuldade em seguir processos e organizar pensamentos. Isso pode prejudicar a execução de tarefas simples de rotina, como escovar os dentes, tomar banho ou vestir-se. Esses pacientes também têm dificuldade em expressar sentimentos e comunicar-se, podem parecer emocionalmente instáveis e ter reações inapropriadas em diversas situações. 

Esquizofrenia residual

Esse tipo de Esquizofrenia é diagnosticado quando o paciente já não apresenta nenhum sintoma proeminente ou quando eles aparecem em baixa intensidade. Algumas alucinações e delírios ainda podem estar presentes, mas as suas manifestações costumam ser menos frequentes do que em fases anteriores da doença. 

Esquizofrenia indiferenciada

Quando um paciente tem sintomas de Esquizofrenia que ainda não estão completamente formados ou não são suficientemente específicos para serem classificados como nenhum dos outros tipos da doença, ele é classificado como esquizofrênico indiferenciado. Nesses casos, os sintomas podem variar em intensidade e frequência, causando incerteza na classificação exata da doença.

Entretanto, é preciso lembrar que os tipos de Esquizofrenia podem variar ao longo da vida de um paciente. Por isso, quem é diagnosticado com Esquizofrenia indiferenciada pode, com a evolução do quadro, ter o seu caso encaixado em outra categoria depois de algum tempo.

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Instituto Aron
12/06/2024

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