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Mitomania: Entenda o que é e tratamentos


Mitomania: Entenda o que é e tratamentos

Mentir é algo que certamente eu e você já fizemos alguma vez na vida. Na verdade, esse é um ato consciente e intencional para a maioria das pessoas, exceto para aquelas que sofrem da chamada mitomania, um comportamento patológico que pode afetar a qualidade de vida e de relacionamentos interpessoais.

Se você nunca ouviu falar sobre essa patologia ou se ainda tem dúvidas sobre ela, chegou a hora de esclarecer o assunto. Neste post, você vai conferir o que é mitomania, quais são seus principais tipos, como ela se diferencia da mentira comum e muito mais.

O que é mitomania?

Contar uma mentira é algo que já fez parte da vida de muita gente. Fazer uma declaração falsa pode ser considerado normal em alguns casos (apesar de antiético), mas, em outros, se caracteriza como uma doença, sabia disso? Pois é, o grande motivador de uma mentira é o medo de contar a verdade e o temor pelas consequências dos próprios atos. Só que nem sempre o ato de mentir ocorre por essa razão.

O mitômano, ou mentiroso crônico, como é chamado o paciente com essa patologia, faz isso sem mesmo perceber. A mentira é algo tão compulsivo para esse indivíduo que interfere até mesmo a sua capacidade de julgar racionalmente uma situação, seja nos seus relacionamentos, seja na sua vida em sociedade.

O mentiroso patológico se perde, literalmente, nas próprias mentiras e acaba ficando sem muita noção do que é real e do que foi inventado pela sua cabeça. As causas para isso ainda são desconhecidas, mas a combinação de alguns fatores pode acabar desencadeando o quadro, como o histórico de vida do indivíduo, seus relacionamentos, suas experiências pessoais, o seu padrão de relação com parentes e até mesmo a genética.

Toda mentira compulsiva começa com uma mentira inocente, que geralmente está associada à necessidade de uma pessoa de obter atenção ou aceitação, principalmente em situações potencialmente constrangedoras. No começo, o hábito pode ser quase imperceptível, até que toma constância e passa a ser notado por quem convive com o mitômano.

Como identificar a diferença entre mentira comum e mitomania?

Como você viu, nem todo mentiroso sofre de mitomania. Então, o que diferencia uma mentira convencional de um hábito compulsivo de inventar histórias? Basicamente, é o exagero consciente da mentira. Normalmente, ao contar uma mentira a pessoa se sente culpada e com medo de ser descoberta. O mitômano não.

Para ele, mentir é um comportamento habitual, muitas vezes desenvolvido já na infância, que se tornou tão natural a ponto de não causar nenhum remorso. Inventar a própria versão de uma determinada história é tão comum que até a pessoa que conta acredita que aquilo é real.

E não precisa ser uma grande mentira, não. Mesmo que se trate de algo trivial e pequeno, quem sofre de mitomania acaba dando um jeito de adaptar as informações. Falar a verdade é algo que pode gerar extremo desconforto e estranheza para ele, mesmo que não haja nada de errado com ela.

Alguns sinais perceptíveis de mitomania são:

  • ausência de culpa ou de medo de ser pego pelas mentiras;
  • excesso de felicidade ou tristeza nas histórias contadas;
  • histórias grandes demais ou detalhadas demais sem motivo aparente;
  • muita elaboração de resposta para perguntas simples;
  • descrição demasiada de fatos rotineiros;
  • tendência a vitimizar ou tornar o mitômano heroico;
  • existência de diversas versões para uma mesma história.

Com quais outros males está relacionada?

Se o mentiroso crônico não procura ajuda especializada para iniciar um tratamento, as consequências do seu transtorno podem se agravar, gerando problemas sérios para a sua vida pessoal. O primeiro impacto a ser percebido é a quebra da confiança nas relações interpessoais, que ficam destruídas com o passar do tempo. Além disso, podem ocorrer problemas de ordem social, provocando situações que envolvem desconhecidos.

A mitomania é um risco até mesmo para o psicológico do paciente, que pode ser profundamente afetado pelas mentiras constantes. Com a reincidência das histórias fantasiosas, o indivíduo pode acabar acreditando em uma realidade que não existe e se afundar em uma espécie de isolamento compulsório pelo afastamento do grupo de convívio.

Em outros casos, os problemas podem resultar em complicações legais, fazendo com que o mitômano responda judicialmente pelas suas mentiras.

 

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