Saiba como funciona o Tratamento Psiquiátrico


Saiba como funciona o Tratamento Psiquiátrico

Quando as pessoas têm problemas de saúde mental sérios o suficiente para precisarem ser hospitalizadas, o processo pode gerar desconforto e até mesmo por não saber exatamente o que esperar. Essa sensação de angústia é, na verdade, muito comum ao preceder qualquer tipo de tratamento psiquiátrico.

Para desmistificar o que acontece quando a internação psiquiátrica é necessária, elencamos alguns tópicos abaixo. Você poderá tirar as suas dúvidas e saber o que um paciente e sua família enfrentam durante o tratamento.

1. O atendimento geralmente começa na sala de emergência.

Quando alguém está tendo uma crise de saúde mental, como surtos psicóticos ou de outra natureza, geralmente um membro da família leva a pessoa a um pronto-socorro.

Nem sempre as UBSs e UPAs têm equipes psiquiátricas treinadas para avaliar pacientes com problemas mentais e comportamentais.

Além disso, tragicamente, as unidades de saúde mental em todo o país enfrentam falta de leitos disponíveis, o que significa que muitos pacientes esperam dias ou até semanas na emergência.

Uma das partes mais difíceis de ser internado (para tratamento psiquiátrico) é a espera no pronto-socorro. No entanto, a partir dessa primeira análise, o paciente pode ser avaliado por clínico geral e encaminhado para uma instituição que forneça este tipo de tratamento de modo particular.

Apesar desses desafios, é vital buscar ajuda quando alguém está em crise.

2. A situação melhora quando um paciente chega a uma clínica psiquiátrica

Assim que os pacientes chegam a uma clínica especializada em saúde mental, o trabalho efetivo se inicia.

Todas as unidades estão trancadas para que eles não possam sair do hospital, mas eles podem se misturar com seus colegas, participar de grupos, comer na enfermaria e ver sua equipe médica todos os dias.

Normalmente as ‘alas’ são divididas por tipo de diagnóstico, sexo e/ou idade.

3. A internação pode ser voluntária ou involuntária

Alguns pacientes percebem que precisam de ajuda e se deixam internar voluntariamente. Se outra pessoa, geralmente um familiar, estiver preocupado com as ações desconexas da realidade de uma pessoa que representam um perigo para si ou para os outros, eles podem solicitar a entrada involuntária de alguém para avaliação e possível admissão – isso deve ser feito mediante ordem jurídica, com o apoio da prescrição médica.

A maioria das internações por distúrbios de saúde mental é involuntária. Todos os pacientes com esta característica são avaliados por médicos antes de serem liberados ou internados no hospital. O segundo avaliador deve ser um médico (geralmente um psiquiatra).

4. O tratamento é focado na estabilização e segurança

Cada paciente tem uma equipe médica que trabalha com eles diariamente para fornecer aconselhamento, medicação e outros serviços para ajudar a estabilizar sua condição.

Uma das principais prioridades nas unidades psiquiátricas é manter os pacientes seguros. Os membros da equipe verificam os pacientes em curtos intervalos, 24 horas por dia.

Todos são examinados quando chegam para garantir que não estejam carregando nada que possa machucá-los ou a outra pessoa. A permanência média dependerá do diagnóstico do paciente e da resposta ao tratamento. Às vezes isso é uma questão de dias, outras vezes pode ser semanas ou meses.

É importante saber que não se trata de uma solução rápida. O objetivo é sempre levar as pessoas de volta ao ambiente menos restritivo, onde possam participar com segurança dos cuidados ambulatoriais de que precisam.

5. As famílias devem se sentir estimuladas para falar

Devido às leis federais de privacidade, o médico e a equipe de atendimento do paciente não têm permissão para fornecer informações sobre o paciente, incluindo diagnóstico e planos de tratamento, a menos que o paciente tenha dado permissão expressa.

No entanto, os membros da família podem fornecer informações voluntárias que podem ajudar a equipe médica do paciente a fornecer um tratamento melhor.

Podem ser informações sobre o comportamento da pessoa, uso de substâncias, histórico familiar ou qualquer outra coisa que possa ser relevante. Ao contrário das doenças físicas, não há exame de sangue ou exame de imagem para diagnosticar doenças mentais.

Quanto mais informações os médicos tiverem, mais capazes eles serão de tratar alguém com eficácia.

Além disso, os membros familiares também são incentivados a visitar os pacientes frequentemente para mostrar apoio e suporte durante o tratamento.

Recado para a família: Ter alguém que você ama em uma clínica psiquiátrica pode ser estressante. Lembre-se de cuidar de si mesmo enquanto a equipe médica cuida do paciente. Sua saúde física e mental também é importante.

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