Bipolaridade: o que é, quais os sintomas e tratamento
Bipolaridade
Todos temos momentos bons e ruins, faz parte da vida. Porém algumas pessoas apresentam uma oscilação maior e mais intensa, com episódios de depressão e de alegria excessiva, na maioria dos casos sem motivo aparente. A frequência desses episódios é variada, bem como a intensidade da doença que pode ser leve, moderada ou grave.
Em um episódio maníaco, a pessoa pode ter dificuldades para dormir, fazer gastos excessivos e até de forma compulsiva, também se envolver em atividades de risco e ter até delírios de grandeza. Geralmente esses sintomas não são reconhecidos por familiares e amigos próximos como uma doença e por isso é tão importante conhecer mais sobre ela. Existem diferentes tipos de transtorno bipolar, mas todos eles afetam o humor, e a eficiência do paciente, causando episódios de bastante felicidade e outros episódios de depressão.
Esses episódios podem durar dias, semanas e até meses, e interferir no cotidiano, nas relações, da pessoa com essa doença, causando grande impacto na família, no trabalho e na vida em geral da pessoa doente.
Fatores de risco associados ao desenvolvimento do transtorno bipolar:
- Histórico na família, principalmente em pais e avós com a doença
- Anormalidades nas estruturas ou funções do cérebro
- Estresse, experiências traumáticas vividas pela pessoa
- Mais comum em mulheres, mas pode afetar ambos os sexos
- Geralmente apresentam problemas na tireoide e tem tendência a obesidade e colesterol alto.
A doença pode se manifestar a qualquer momento da vida da pessoa, mas pode também se desenvolver através de eventos estressantes na vida da pessoa (fim de relacionamento, perda na família), alterações consideráveis no sono, mudança brusca na rotina e doenças que não podem ser controladas. Esses gatilhos podem desencadear a doença nos pacientes, que sem acompanhamento médico, apresentarão episódios maníacos e depressão profunda.
Sintomas do transtorno bipolar
Durante o episodio maníaco, a pessoa pode se sentir eufórica, cheia de energia e pode ser bastante impulsiva também quando algo a contrariar, gerando até grande agressividade. Também é comum observar uma capacidade de discernimento diminuída, compulsão alimentar, gastos excessivos e compulsivos, pensamentos acelerados, falar em excesso e uma autoestima muito alta. No episodio depressivo pode apresentar tristeza profunda, falta de interesse na família e nas atividades que gosta, distúrbios no sono e até pensamentos suicida.
Pode acontecer de episódios de hipomania e depressão acontecerem ao mesmo tempo.
O diagnóstico de transtorno bipolar é feito pelo psiquiatra e na maioria das vezes demora para ser diagnosticado, pois os pacientes que vivem essa situação não acreditam que estão doentes, e só procuram ajuda medica quando se sentem muito deprimidos, dificultando a identificação da doença, que pode ser tratada como depressão somente.
O transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado através de remédios e terapia. Mudanças no estilo de vida do paciente também ajudam, como:
- Praticar exercícios físicos e manter uma alimentação saudável
- Evitar estresse e situações que tragam angústia
- Reconhecer os episódios de mania, e usar a terapia para lidar com eles.