Perda de memória: Quais são os principais motivos?
Quais são os principais motivos da Perda de Memória?
Para entendermos como funcionam a perda de memória é importante, antes de tudo, compreendermos o que a memória significa. A memória é uma função cognitiva que se divide em fases, são elas: a codificação, o armazenamento e a evocação de experiências e informações.
Muitos estudos vêm buscando compreender os mecanismos que estão por trás desta habilidade humana, visto que, ele envolve uma complexidade de recursos e estruturas cerebrais. A aquisição de novas informações e competências promove a flexibilidade cerebral, melhorando as funções cognitivas dos sujeitos que exercitam essa habilidade.
Normalmente, quando pensamos em perda de memória, a primeira coisa que vem às nossas mentes é a doença de Alzheimer, contudo, outros fatores podem estar interferindo nos processos cognitivos e, consequentemente, causando problemas na memória do indivíduo.
Nesse artigo, vamos discutir um pouco sobre os diferentes aspectos que podem estar por trás do desenvolvimento desses quadros, nesse contexto, é importante entender os tipos de perda de memória, suas causas e sintomas, além de suas formas de tratamento e de prevenção.
O que é a perda de memória?
A perda de memória é caracterizada pela dificuldade em armazenar e/ou evocar experiências relacionadas ao passado, desta forma, esse esquecimento pode estar associado a uma série de fatores. Além disso, nem todo esquecimento deve ser considerado patológico, isso vai depender dos aspectos que estão relacionados às manifestações dessas alterações.
Ela pode ocorrer naturalmente durante o processo de envelhecimento, esse fenômeno é normal e esperado em pessoas com mais idade. Diferente dos esquecimentos associados a doenças degenerativas, a perda de memória decorrente da velhice não provoca graves alterações nas diferentes dimensões do sujeito, como por exemplo, mudanças cognitivas drásticas e alterações psicomotoras.
Tipos de perda de memória
Existem dois tipos de perda de funções cognitivas, como a memória que podem se manifestar nos sujeitos. O esquecimento fisiológico que é aquele que ocorre sem a presença de uma doença, diz respeito às falhas de memória que acontecem no dia a dia e que podem estar associadas a algum nível de esgotamento ou falta de atenção.
Já a perda de memória patológica, vem associada a outros problemas de ordem cognitiva e motora, além de trazer sérias implicações sociais e laborais para os sujeitos. Normalmente, esse tipo de falha na memória tem como causa a presença de doenças degenerativas como o Alzheimer.
Causas
Não existe um único fator que possa estar por trás do desenvolvimento de problemas relacionados com o processamento das memórias, por isso é importante investigar muito bem as causas que podem estar provocando esse problema.
A síndrome de Korsakoff, por exemplo, é um quadro que se manifesta em decorrência do consumo excessivo de bebida alcoólica que acaba levando a deficiência da vitamina B1, sendo essa, uma substância essencial para o bom funcionamento dos neurônios no cérebro. Como consequência desse quadro temos uma acentuada perda de memória, associada a outras repercussões motoras.
A falta de atenção muitas vezes pode fazer com que a pessoa não consiga reter as informações que teve contato, logo, não representa necessariamente uma alteração patológica, mas é importante encontrar estratégias e modos de melhorar as habilidades de atenção e foco.
Dormir pouco também pode levar a manifestação de déficits de memória. Ter uma rotina de sono adequada e satisfatória é essencial para que os processos cognitivos funcionem da maneira correta. Habilidades como a memória e o raciocínio demandam muita energia das funções cerebrais, logo, o descanso é extremamente importante para o bom funcionamento do indivíduo.
Diversos transtornos mentais podem levar ao desenvolvimento de problemas na memória. A depressão e os transtornos ansiosos, por exemplo, alteram a maneira como os neurônios e os neurotransmissores cerebrais funcionam, podendo provocar diferentes implicações na capacidade de armazenamento e evocação.
Além disso, a doença de Alzheimer é uma das principais patologias que pode levar ao desenvolvimento de alterações na memória, sendo esse, o principal sintoma presente neste tipo de demência.
Como identificar?
Para identificar o tipo de perda de memória que o paciente apresenta, é importante ficar atento a alguns sintomas e sinais que serão utilizados para realizar o diagnóstico mais adequado.
É importante descartar que diferentes problemas de saúde podem estar levando ao esquecimento, como tumores no cérebro ou hipotireoidismo. Dessa forma, o paciente deve procurar o tratamento adequado.
A ajuda médica é essencial para entender o que está motivando a manifestação do esquecimento, ou seja, a partir da manifestação dos sintomas, o sujeito deve procurar a ajuda de um profissional da saúde para descobrir o que está motivando o quadro.
Sintomas da perda de memória
Alguns sinais podem se manifestar e apontar para o desenvolvimento de um quadro de perda de memória. É importante que cuidadores e familiares fiquem atentos com o intuito de buscar ajuda o mais rápido possível.
Esses sinais podem estar presentes tanto em quadros patológicos quanto nos fisiológicos, entre eles, temos: esquecer as etapas de realização de atividades do dia a dia, passar a perder objetos de maneira mais intensa, ter problemas para lembrar informações e cometer erros sucessivos por falta de atenção.
Perda de memória pós-covid
Durante a pandemia do coronavírus, vários sintomas e sequelas tornaram-se presentes na realidade da população mundial. Cerca de 50% dos pacientes manifestaram quadros de perda de memória.
Esses sintomas são decorrentes da capacidade que o vírus possui de atacar o sistema nervoso central, alterando o funcionamento do cérebro. Estudos apontam que a maioria dos sinais experimentados pelos pacientes dizem respeito a alterações leves, relacionadas com a realização de atividades rotineiras simples.
De toda forma, é importante procurar estratégias que possibilitem a reversão do quadro, ajudando os sujeitos a voltarem à normalidade da vida e dos processos cognitivos.
Quando a perda de memória pode ser sinal da Doença de Alzheimer?
A principal diferença entre a perda de memória não patológica e a doença de Alzheimer é a maneira como a vida do paciente é afetada. O Alzheimer provoca sérias complicações cognitivas e físicas. Além disso, o esquecimento do Alzheimer é muito mais intenso que em outras alterações físicas ou mentais.
Também é importante perceber se os episódios que estão ocorrendo são pontuais ou vem apresentando uma recorrência cada vez maior, nesse caso, é mais provável que tenhamos um quadro de alzheimer, tendo em vista que a doença apresenta essa característica neurodegenerativa impactando e trazendo danos incapacitantes cada vez maiores no paciente.
Indicação profissional
Buscar o melhor profissional para fazer o diagnóstico e o tratamento do quadro de perda de memória é extremamente importante. Como vimos, diferentes alterações podem trazer essa manifestação como sintoma, por isso, saber exatamente a origem e o tratamento correto é essencial para devolver a qualidade de vida aos pacientes.
Neurologistas, psiquiatras, neuropsicólogos ou gerontologistas são os profissionais mais indicados para realizar o diagnóstico e o tratamento adequado das patologias que podem estar relacionadas com a manifestação deste sintoma.
Qual é o momento de pedir ajuda?
Normalmente, as pessoas demoram muito para buscar ajuda e isso dificulta o processo de tratamento. Além disso, é comum que só busquem ajuda profissional quando a vida do paciente já está muito afetada. Nesse sentido, familiares e cuidadores devem ficar atentos às manifestaç